"Até hoje não sei por que fui demitido"
Quando Rômulo Azevedo chegou à TV Paraíba, em dezembro de 1986, a emissora ainda nem estava no ar, o que aconteceria nos primeiros minutos do ano seguinte. Cerca de três meses depois, assumiria o cargo de editor-chefe, onde permaneceu por duas décadas, até que, em julho último, foi demitido. Por algumas horas esteve desempregado da televisão, sendo “apenas” o professor Rômulo, chefe do Departamento de Comunicação da UEPB. Mas, aos 53 anos, o jornalista já tem pela frente um novo desafio: dar vida a outra televisão. E continuar a escrever sua história de pioneiro do telejornalismo paraibano.
JORNALISMO PARAIBANO: A TV Paraíba é uma mera sucursal da Cabo Branco, como dizem alguns?
Em certo sentido, sim. No início as emissoras tinham donos diferentes. Depois, a TV Paraíba comprou a Cabo Branco. Isso não foi bom para a emissora de Campina, porque todas as decisões passaram a se concentrar na capital. Então começou a existir um certo desprezo – não sei se a palavra seria essa – pelo interior. Por exemplo, no JPB Primeira Edição e no Bom Dia, Paraíba, que são exibidos em rede, qualquer problema de estouro de tempo, a primeira ordem do editor é para cortar o material de Campina, mesmo que esse material tenha peso jornalístico.
JP: Se existe tal problema com Campina Grande, como ficam as outras cidades do interior nessa grade?
A TV Paraíba cobre 80% do território estadual, e tem um número de espectadores maior. Mas os 20% que a TV Cabo Branco cobre dão maior retorno financeiro, porque é uma área mais rica. Isso, em boa parte, faz com que os espectadores do interior fiquem prejudicados.
Isso ocorre porque, em primeiro lugar, os proprietários da televisão não têm origem nesse meio, são pessoas da indústria do café que um dia resolveram investir em comunicação, em televisão e jornal, mas não conhecem a atividade. Além disso, as duas emissoras são chefiadas por um carioca, um executivo competente, mas que desconhece completamente a nossa realidade. Então eles dirigem a televisão como se fosse um almoxarifado. O negócio é dar lucro. E o Jornalismo da TV também é dirigido por uma carioca (Ana Viana), que igualmente desconhece nossa realidade. Ela, inclusive, chegou a me dizer que o local mais longe que conhecia depois do Rio de Janeiro era Juiz de Fora, uma cidade que fica a 80 quilômetros do Rio. Essa pessoa dirige o Jornalismo das duas emissoras.
JP: Após a saída por motivos de doença de Erialdo Pereira, houve constantes mudanças no cargo editor regional das TVs Paraíba/Cabo Branco. Quanto isso afeta o trabalho nas emissoras?
No lugar do Erialdo entrou primeiramente o Luís Augusto Pires Batista, um paulista que entendeu a grandeza e o potencial de Campina Grande, e que por isso fez com que nós passássemos a ter participação no JPB Primeira Edição, assim como no Bom Dia, Paraíba. Foi uma administração muito benéfica para Campina, um dos raros momentos em que tivemos autonomia editorial. Mas, infelizmente, ele acabou sendo convocado para dirigir a Rede Amazônica e, em seu lugar, entrou o José Emanuel Torres, ex-editor da Globo Recife, que voltou com a mesma política de desvalorização do interior. Durou apenas quatro meses, devido a uma briga com o editor de João Pessoa, Sílvio Osias, e acabou demitido. Assim entrou a carioca Ana Viana.
JORNALISMO PARAIBANO: A TV Paraíba é uma mera sucursal da Cabo Branco, como dizem alguns?
Em certo sentido, sim. No início as emissoras tinham donos diferentes. Depois, a TV Paraíba comprou a Cabo Branco. Isso não foi bom para a emissora de Campina, porque todas as decisões passaram a se concentrar na capital. Então começou a existir um certo desprezo – não sei se a palavra seria essa – pelo interior. Por exemplo, no JPB Primeira Edição e no Bom Dia, Paraíba, que são exibidos em rede, qualquer problema de estouro de tempo, a primeira ordem do editor é para cortar o material de Campina, mesmo que esse material tenha peso jornalístico.
JP: Se existe tal problema com Campina Grande, como ficam as outras cidades do interior nessa grade?
A TV Paraíba cobre 80% do território estadual, e tem um número de espectadores maior. Mas os 20% que a TV Cabo Branco cobre dão maior retorno financeiro, porque é uma área mais rica. Isso, em boa parte, faz com que os espectadores do interior fiquem prejudicados.
Isso ocorre porque, em primeiro lugar, os proprietários da televisão não têm origem nesse meio, são pessoas da indústria do café que um dia resolveram investir em comunicação, em televisão e jornal, mas não conhecem a atividade. Além disso, as duas emissoras são chefiadas por um carioca, um executivo competente, mas que desconhece completamente a nossa realidade. Então eles dirigem a televisão como se fosse um almoxarifado. O negócio é dar lucro. E o Jornalismo da TV também é dirigido por uma carioca (Ana Viana), que igualmente desconhece nossa realidade. Ela, inclusive, chegou a me dizer que o local mais longe que conhecia depois do Rio de Janeiro era Juiz de Fora, uma cidade que fica a 80 quilômetros do Rio. Essa pessoa dirige o Jornalismo das duas emissoras.
JP: Após a saída por motivos de doença de Erialdo Pereira, houve constantes mudanças no cargo editor regional das TVs Paraíba/Cabo Branco. Quanto isso afeta o trabalho nas emissoras?
No lugar do Erialdo entrou primeiramente o Luís Augusto Pires Batista, um paulista que entendeu a grandeza e o potencial de Campina Grande, e que por isso fez com que nós passássemos a ter participação no JPB Primeira Edição, assim como no Bom Dia, Paraíba. Foi uma administração muito benéfica para Campina, um dos raros momentos em que tivemos autonomia editorial. Mas, infelizmente, ele acabou sendo convocado para dirigir a Rede Amazônica e, em seu lugar, entrou o José Emanuel Torres, ex-editor da Globo Recife, que voltou com a mesma política de desvalorização do interior. Durou apenas quatro meses, devido a uma briga com o editor de João Pessoa, Sílvio Osias, e acabou demitido. Assim entrou a carioca Ana Viana.
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O problema é como já falei. Os donos da empresa não entendem de televisão. Então entregam o cargo a pessoas que, presumivelmente, entendem da coisa. É verdade que são profissionais que realmente têm entendimento de sua área, são competentes, mas não conhecem a Paraíba, e eu entendo que é preciso conhecer, pois como é que eu vou pautar uma matéria sobre um estado que desconheço totalmente? Como eu posso desprezar uma cidade como Campina Grande, a segunda do estado, que em muitos fatores compete com a capital? Aliás, uma cidade que ensinou a Paraíba a ver televisão, pois a primeira TV do estado é a TV Borborema, que entrou no ar em novembro de 1963, quando apenas mais de 23 anos depois João Pessoa teria sua emissora. Então, o que é que João Pessoa tem a nos ensinar sobre televisão? Nada. A coisa começou aqui.
JP: Como era o seu relacionamento cotidiano com a editoria-chefe da capital?
Era um relacionamento amistoso, por sermos colegas de trabalho, mas, ao mesmo tempo, conflituoso. Eu, todos os dias quando ia editar a primeira edição, pela manhã, precisava brigar, porque eles queriam tirar espaço de Campina Grande. Então eu brigava para que a cidade entrasse e com o destaque que merece. Por isso, toda a vez havia uma briga com algum editor de lá.
JP: Por que você foi demitido?
Até hoje eu não sei por que fui demitido. A explicação que o empresário Eduardo Carlos me deu foi que ia chegar uma concorrência pesada, com a instalação de novas emissoras em Campina Grande, e eles precisavam reforçar o quadro, por isso estavam me tirando da empresa. Eu não entendi.
JP: Então você está profissionalmente obsoleto? Era um ponto fraco na empresa?
Quando saí de lá o jornal que eu dirigia estava dando 75 pontos no Ibope, o que quer dizer que, de cada 100 televisores ligados, 75 estavam vendo o JPB. Então, critério de incompetência não foi, porque esse é um índice difícil de se conseguir, mesmo na Globo.
O fato é que nesse episódio só tive uma decepção. Na quarta-feira, 19 de julho, fui chamado à TV Paraíba pela manhã. Não sabia do que se tratava. Ao chegar, encontrei a editora regional, Ana Viana, e o Eduardo Carlos. Houve uma reunião, onde o Eduardo me fez vários elogios, disse que meu trabalho era inestimável, que todos reconheciam que eu havia montado a estrutura de jornalismo da emissora, contribuindo também com a TV Cabo Branco e o Jornal da Paraíba... Mas, infelizmente, eu teria que ser demitido. Até aí, tudo bem, isso é coisa de empresa, um fato normal. A decepção maior foi o seguinte: O Eduardo me falou: “Rômulo, fique tranqüilo. Pela contribuição que você nos deu, vamos lhe oferecer uma indenização diferenciada, não apenas o que é de direito pela Lei, mas um valor que vamos acrescentar, assim como fizemos com o Erialdo Pereira. Façamos o seguinte: Você vai pensar nesse valor, de quanto acredita que deveria ser e, segunda-feira, vá na Cabo Branco para discutirmos essa compensação”. Na reunião com o grupo de jornalistas da TV Paraíba, quando foi anunciada minha demissão, ele reafirmou esse compromisso. Mas, no dia marcado, fui até João Pessoa e, quando cheguei lá, o Eduardo falou um tempão, não me deixou falar nada, e depois completou: “Você vai receber a quantia que a Lei estabelece e a empresa pode lhe dar um vale de R$ 6 mil para que compre um carro usado na loja do nosso grupo”.
É lógico que eu não aceitei. Achei uma afronta, uma indelicadeza, uma falta de respeito, ainda mais para com uma pessoa que passou 20 anos trabalhando vários sábados, domingos e feriados, sem nunca cobrar uma hora-extra. Quantas madrugadas não varei, em tempos de eleição, para editar material que iria ao ar no Bom Dia, Paraíba? Mas isso não foi reconhecido. Na verdade, fui enganado.
O problema é como já falei. Os donos da empresa não entendem de televisão. Então entregam o cargo a pessoas que, presumivelmente, entendem da coisa. É verdade que são profissionais que realmente têm entendimento de sua área, são competentes, mas não conhecem a Paraíba, e eu entendo que é preciso conhecer, pois como é que eu vou pautar uma matéria sobre um estado que desconheço totalmente? Como eu posso desprezar uma cidade como Campina Grande, a segunda do estado, que em muitos fatores compete com a capital? Aliás, uma cidade que ensinou a Paraíba a ver televisão, pois a primeira TV do estado é a TV Borborema, que entrou no ar em novembro de 1963, quando apenas mais de 23 anos depois João Pessoa teria sua emissora. Então, o que é que João Pessoa tem a nos ensinar sobre televisão? Nada. A coisa começou aqui.
JP: Como era o seu relacionamento cotidiano com a editoria-chefe da capital?
Era um relacionamento amistoso, por sermos colegas de trabalho, mas, ao mesmo tempo, conflituoso. Eu, todos os dias quando ia editar a primeira edição, pela manhã, precisava brigar, porque eles queriam tirar espaço de Campina Grande. Então eu brigava para que a cidade entrasse e com o destaque que merece. Por isso, toda a vez havia uma briga com algum editor de lá.
JP: Por que você foi demitido?
Até hoje eu não sei por que fui demitido. A explicação que o empresário Eduardo Carlos me deu foi que ia chegar uma concorrência pesada, com a instalação de novas emissoras em Campina Grande, e eles precisavam reforçar o quadro, por isso estavam me tirando da empresa. Eu não entendi.
JP: Então você está profissionalmente obsoleto? Era um ponto fraco na empresa?
Quando saí de lá o jornal que eu dirigia estava dando 75 pontos no Ibope, o que quer dizer que, de cada 100 televisores ligados, 75 estavam vendo o JPB. Então, critério de incompetência não foi, porque esse é um índice difícil de se conseguir, mesmo na Globo.
O fato é que nesse episódio só tive uma decepção. Na quarta-feira, 19 de julho, fui chamado à TV Paraíba pela manhã. Não sabia do que se tratava. Ao chegar, encontrei a editora regional, Ana Viana, e o Eduardo Carlos. Houve uma reunião, onde o Eduardo me fez vários elogios, disse que meu trabalho era inestimável, que todos reconheciam que eu havia montado a estrutura de jornalismo da emissora, contribuindo também com a TV Cabo Branco e o Jornal da Paraíba... Mas, infelizmente, eu teria que ser demitido. Até aí, tudo bem, isso é coisa de empresa, um fato normal. A decepção maior foi o seguinte: O Eduardo me falou: “Rômulo, fique tranqüilo. Pela contribuição que você nos deu, vamos lhe oferecer uma indenização diferenciada, não apenas o que é de direito pela Lei, mas um valor que vamos acrescentar, assim como fizemos com o Erialdo Pereira. Façamos o seguinte: Você vai pensar nesse valor, de quanto acredita que deveria ser e, segunda-feira, vá na Cabo Branco para discutirmos essa compensação”. Na reunião com o grupo de jornalistas da TV Paraíba, quando foi anunciada minha demissão, ele reafirmou esse compromisso. Mas, no dia marcado, fui até João Pessoa e, quando cheguei lá, o Eduardo falou um tempão, não me deixou falar nada, e depois completou: “Você vai receber a quantia que a Lei estabelece e a empresa pode lhe dar um vale de R$ 6 mil para que compre um carro usado na loja do nosso grupo”.
É lógico que eu não aceitei. Achei uma afronta, uma indelicadeza, uma falta de respeito, ainda mais para com uma pessoa que passou 20 anos trabalhando vários sábados, domingos e feriados, sem nunca cobrar uma hora-extra. Quantas madrugadas não varei, em tempos de eleição, para editar material que iria ao ar no Bom Dia, Paraíba? Mas isso não foi reconhecido. Na verdade, fui enganado.
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JP: Quais suas perspectivas para o futuro da TV Paraíba, agora com Carlos Siqueira como editor-chefe?
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Antes de mais nada eu desejo boa sorte para todos eles porque, nos últimos 27 anos, quem se formou em Jornalismo em Campina Grande, foi aluno de Rômulo Azevedo. O Carlos Siqueira é um ex-aluno meu, um ex-comandado meu, e espero que ele tenha sucesso nessa missão, que não é fácil. Agora, quanto ao futuro da TV Paraíba eu já não sei, pois, com a concorrência que está chegando (TV Itararé e TV Piemont), ou a emissora dá a assistência que Campina Grande merece, ou ela vai perder audiência.
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JP: E Como está o seu futuro na televisão?
Quero agradecer ao empresário e médico Dalton Gadelha, pois no dia em que saí da TV Paraíba fui convidado por ele para uma conversa onde, no fim, assumi a direção de programação TV Itararé (Canal 19), que entrará no ar nos próximos dias. Na verdade, eu pretendia dar um tempo da televisão, que é um trabalho muito árduo, mas sempre tive um sonho de fazer uma televisão educativa, diferenciada. Já levei o Polion para lá, vamos lançar um jornal, o Itararé Notícias. Mais uma vez vou dar minha modesta contribuição na implantação de uma emissora de TV. E espero que tenha longa vida.
Quero agradecer ao empresário e médico Dalton Gadelha, pois no dia em que saí da TV Paraíba fui convidado por ele para uma conversa onde, no fim, assumi a direção de programação TV Itararé (Canal 19), que entrará no ar nos próximos dias. Na verdade, eu pretendia dar um tempo da televisão, que é um trabalho muito árduo, mas sempre tive um sonho de fazer uma televisão educativa, diferenciada. Já levei o Polion para lá, vamos lançar um jornal, o Itararé Notícias. Mais uma vez vou dar minha modesta contribuição na implantação de uma emissora de TV. E espero que tenha longa vida.
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LeNildo Ferreira
(Agradecimentos ao grande professor Fernando Milanni pelas fotos)
30 comentários:
Tem um bocado de presunção no depoimento de Rômulo. Quem é bom, não precisa dizer que é, deixa que os outros o faça.
Por estar em um momento de fragilidade, é compreensível que nosso professor se venda como o tabelião dos jornalistas de Campina Grande.
O que ele esqueceu é que o mundo dá muitas voltas e essas críticas podem afetar um possível retorno à empresa de comunicação mais influente do estado (pelo simples fato de carregar o nome "globo" no nome).
Lenildo, continue buscando entrevistados. Seu trabalho está de parabéns...
TIBÚRCIO,
Não entendi "é compreensível que nosso professor se venda..."
Ora! ele foi demitido e em seguida alguém o contratou, principalmente pelo reconhecimento ao seu trabalho.
Pelo menos é que está dito na entrevista, aliás, mais uma boa entrevista do Lenildo Ferreira.
Em tempo: A Globo pode ser influente, mas não é tudo, principalmente no que diz respeito a jornalismo.
Concordo com o Givanildo, o Tibúrcio naum deve conhecer o Rômulo, ou deve conhecer e ter algum despeito em relação a ele, Rômulo é um profissional exemplar e gabaritado que seria um luxo a sua contribuição para qualquer veículo de comunicação, concordo tb que a Globo naum é o único lugar no mundo para se trabalhar e sei tb que Rômulo será muito feliz nesta nova casa.
Infelizes as palavras redigidas pelo Tibúrcio. Diante de um caso como esse, é impossível não se colocar contrário à maneira desaforada como se desenrolou os acontecimentos (a demissão). Tratando-se de qualquer profissional que fosse, tal atitude já mereceria o nosso repúdio; e mais ele, Rômulo Azevedo. Um dos principais responsáveis pelo crescimento da empresa e desenvolvimento da atividade jornalística paraibana – para não dizer principal e esquecer de outros nomes que também deram suas contribuições. Pela sua já conhecida capacidade Lenildo, sei que não preciso dizer que a entrevista está ótima.
João Paulo Medeiros
O cara foi demitido, é responsável e não ficou parado.
O pseudônimo do primeiro comentário lembra no primeiro nome um coronel do interior e no segundo um selvagem. É lamentável como essas empresas exploradoras da mão de obra dos trabalhadores(principalmente trabalhadores intelectuais que queimamn os neurônios por eles)ainda encontrem paraguassús para a defesa.
O erro grave de Rõmulo foi não botar esses torradores de café na justiça do trabalho.
Quanto a concorrência pesada é a única coisa certa que o Eduardo Carlos falou, inclusive ela não vem, já ESTÁ. O Jornal da Paraíba pr exemplo não consegue bater o falido O Norte em J.Pessoa e amarga um terceiro lugar na preferencia dos litores( daí os sorteios de carros e outras bugigangas para os assinantes), em Campina o Correio da Paraiba compete pau a pau com o JP. A própria TV Cabo Branco( mesmo com a marca "Grobo", viu coronel Tibúrcio)leva paulada todo dia na programação local em J.essoa, quem manda é o Correio Verdade e o Correio Debate. Até um novato chamado Alex Filho (da TV O Norte) ameaça a "hegemonia" global.
Isso não é bravata, consultem o IBOPE que os números estão lá
Quanto a presunção de Rõmulo pode até ser mesmo, mas quem pode ser presunçoso PODE, quem não pode se sacode.
Em tempo: finalmente um sitio sério sobre jornalismo na terrinha, não conheço o Lenildo mas já o respeito e aplaudo pelo brilhante trabalho.
A partir de agora LEIO e RECOMENDO.
Mantive o anonimato pois não quero inventar pseudônimo( viu Paraguassú), e acredito que o que vale são as opiniões.
Comentário muito sensanto de quem disse que antes o Prof. Rômulo colocava a TVPB como modelo. Inclusive menosprezando os profissionais das outras emissoras. Talvez agora ele entenda que a TVPB não é o céu. E é aquela história, antes tarde que nunca.
Caros amigos
Como pode ser percebido, alguns comentários acima foram excluídos. No primeiro caso, a pedido do próprio autor. Nos demais, porque expressavam acusações e/ou termos ofensivos contra determinadas pessoas, de maneira anônima. Portanto, a exclusão se deu em virtude de duas imposições: 1) Legal: Porque, conforme o artigo V p. IV da Constituição Federal, é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. Assim, as implicações da declaração anônima são assumidas pelo responsável pelo canal de sua publicação, no caso o blog Jornalismo Paraibano. 2) Ética: Não é, definitivamente, a intenção desse blog, afrontar, desrespeitar, acusar ou ofender quem quer que seja, mas abrir portas a uma discussão ampla, séria e, sobre tudo, construtiva quanto à realidade do nosso Jornalismo. Peço a compreensão de todos, e convido aqueles que tiveram seus comentários excluídos, a refazê-los, dentro dos limites ora apresentados.
Como já havia lido todos os posts, gostaria de saber por que o de MANU foi retirado? Foi "a casa" como ela falou quem deu as ordens?
Qual seu critério de "retirada" dos posts? Pois aí tem um - o "anônimo das 11:11 " que continua só que fala mal de Romulo Azevedo. Dele pode?
Fiz um comentário e uma pergunta ao nobre jornalista mas creio que foi CENSURADO. Mesmo sem palavrões, sem agredir ninguém, meu post ainda não está aí. Devo pensar o óbvio? Ainda bem que tinham outros jornalistas comigo quando postei minha pergunta tão simples: POR QUE O POST DE "MANU" foi retirado? Apenas lembrando que jornalista deve ter compromisso com a verdade. Assim ensina o "AMADO MESTRE".
Todos devemos ter amor e dedicação pela profissão que escolhemos para seguir, mas devemos ficar atentos aos nossos limites e tentar controlar até onde essa dedicação deve ir, para não nos decepcionarmos e quebrarmos a cara de repente, sem o mínimo de respeito pelo trabalho que tivemos.
Sou aluna do professor Rômulo há quase 3 anos. Posso dizer que sempre o admirei pela paixão que possui pela televisão e pela arte cinematográfica.
Todos nós que convivemos com ele seja na universidade, seja na vida profissional, somos testemunhas do grande empenho dele em tudo que faz.
Rômulo foi extremamente injustiçado. Não reconheceram todo o esfoço e empenho que ele teve para com a TV Paraíba.O "jogaram fora" como se não fosse mais útil ou não tivesse mais com o que contribuir para a TV paraibana em si. Cometeram um grande erro.
Caro Raul
1. Seu comentário, como pode ver, não foi censurado. O que acontece é que precisei colocar a ferramenta de moderação, onde, cada vez que alguém faz um comentário, é enviado um e-mail para minha caixa postal para q seja publicada ou não. Assim, quando vc fez o comentário, eu não estava on line;
2. O comentário da Manu foi removido a pedido dela;
3. Os demais comentário excluídos tinham palavras e expressões fortemente agressivas, como, por exemplo, chamar uma das pessoas envolvidas de CRÁPULA. Você disse que havia lido, então viu. E sabe que, legalmente, quem publica um texto anônimo assume a responsabilidade pelo seu conteúdo. Além do mais, expressões desse tipo NÃO SERÃO ADMITIDAS.
4. No tocante ao comentário 11.11, a pessoa q o fez apresenta argumentos, críticas, mas não de maneira desrespeitosa. O próprio Rômulo leu tais críticas e, ciente do teor dos comentário excluídos, compreendeu o caso;
5. Sobre seu comentário quanto "se foi a casa que deu às ordens", não deveria responder, mas, em todo o caso, note que se eu recebesse ordem de alguma casa, não publicaria as entrevistas de Polion e Rômulo.
Espero que tenha esclarecido suas dúvidas. Abraços, Lenildo Ferreira
Caro Lenildo, quando me referí a "da casa", coloquei entre aspas pois foram palavras da Manu. A casa só poderia ser a que ela trabalha. Quanto ao anônimo das 11:11 "o Prof. Rômulo colocava a TVPB como modelo. Inclusive menosprezando os profissionais das outras emissoras". Quem conhece o prof. Romulo sabe que ele nunca fez isso. E mentira ofende sim.
E pra encerrar, o mundo "já deu muitas voltas", a fila andou e o prof Romulo já está na TV Cultura para tristeza de poucos e alegria de muitos.
Estava sem acesso a internet e só agora vejo a polêmica causada pela entrevista e o meu comentário.
1 - Quando me referi "se venda", quis dizer, se apresente.
2 - Um anonimo disse bem quando lembrou que romulo menosprezava e (ainda menospreza) os reporteres de outras emissoras.
3 - Como uma pessoa que não me conhece reclama do meu nome e não se identifica? Grande exemplo ela dá de transparência.
4 - Nao se questiona a maneira como foi tratada a demissão do professor. Mas já era de se esperar mais esse ato de coronelismo.
5 - Se a TV Paraiba nao fosse influente, esse blog nao estaria tão acessado. Coloque uma entrevista com Alex Show, Tony Filho ou qualquer cacareco pseudo-jornalista de outras emissoras neste blog para ver se a repercussão será a mesma?
6 - Para terminar, Lenildo, se esse blog é sobre jornalismo paraibano, por favor não caia na mesmice. Busque jornalistas que atuem em rádio, internet e jornal para entrevistar. Até agora só vi uma entrevista de um fulano que não trabalha em televisão.
Sem mais para o momento...
Agradeço pela atenção
TP
Amigo Tibúrcio
Já estão sendo encaminhados novos temas, nos próximos dias iniciaremos uma série sobre Jornalismo no interior. O fato é que esse blog é produzido por paixão, por ideal, portanto com uma lógica e natural falta de recursos que dificulta tudo.
Abraços
Sim. É evidente que a TV Paraíba tem influência. A Paraíba inteira está careca de saber disso. Mas até agora não vi nenhum comentário dizendo o contrário. Apenas dizem que ela não é o único lugar que emprega profissionais de imprensa, aqui na Paraíba.
Acho que “jornalismo paraibano” está fazendo sucesso porque é, sem dúvidas, um excelente espaço de discussão e amadurecimento dos problemas referentes ao cotidiano do Jornalismo da Paraíba. Coisa que nunca houve em nosso Estado.
Tem conteúdo, ética, e é produzido com a responsabilidade que falta a outros Veículos de comunicação estaduais. Por todos os aspectos merece aplausos.
Garanto que se Lenildo postasse uma entrevista com o Alex Filho, e mantivesse o mesmo padrão de qualidade mostrado até então, certamente a repercussão seria a mesma. Se não fosse maior, pela peculiaridade da figura!!!
A qualidade faz a diferença...
Quero me dirigir ao Prof. Rômulo Azevedo não apenas como um ex-aluno e hoje colega de academia, tampouco como um ex-colega de afiliada, já que integrei por quatro anos o quadro de jornalismo da TV Asa Branca, chegando a participar de coberturas para rede e assumir a gerência de jornalismo da emissora, ou seja participando de responsabilidades tão próximas as que o estimado professor administrou e desenvolvendo-as com competência, já que tenho orgulho de ter sido iniciado no espaço audiovisual por ele.
A Globo sufoca, oprime, humilha, rouba a essência dos seus profissionais. Também pudera, a rede televisiva foi erguida a gosto e interesse do Regime Militar, que fez vista grossa a inserção de capital estrangeiro para a sua expansão.
É preciso que os profissionais da área de comunicação conheçam o caso Time Life para compreender o que digo, como também é necessário conhecer movimentos que primam pela qualidade da informação televisiva a exemplo da campanha Quem financia baixaria é contra a cidadania, encabeçada pela sociedade civil organizada para promoção dos direitos humanos e dignidade do cidadão na mídia em parceria com a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados (ainda existem pessoas íntegras naquele lugar, a exemplo do Fernando Gabeira, Luciana Genro, Pe. Luiz Couto, entre outros).
Ai que saudade sinto do tempo em que o Prof. Rômulo nos presenteava, às quartas-feiras e sábados, relatos dos costumes de uma Campina Grande que precisa ser conhecida... Por lamentar a mediocridade dos colunistas que vem fazendo uso do mesmo espaço, alocado no caderno Vida e Arte do Jornal da Paraíba, venho, paulatinamente, deixando de ler o referido periódico.
Semanas atrás, numa sexta-feira, por volta das 19h, estava na casa de uma amiga que vêm passando pela triste dor da perda de um filho. Enquanto eu a consolava, resolvemos ligar a TV – o triste hábito brasileiro – para vermos o JPB. Deparamos-nos com a grotesca cena de uma criança, com um ano e alguns meses, cujo peso era igual ao de um bebê em seu primeiro semestre de vida. Tudo bem que a emissora responsável por este telejornal não colocou o rosto do menino – cumprindo determinação dos Estatutos da Criança e do Adolescente (ECA) – mas só em expor as imagens mostradas, foi o suficiente para nos causar indignação... Minha amiga liga para emissora revoltada, questiona o motivo daquela imagem, e sem conhecimento técnico na área de jornalismo diz não achá-la necessária, de modo que a informação poderia ter sido repassada, fomentado a opinião pública, sem causar os devidos constrangimentos. Refleti... Na volta para casa conversei com pessoas também alheias aos direcionamentos do jornalismo televisivo e todas concordaram com a minha amiga. Todas tinham assistido ao telejornal e demonstraram indignação.
Ligo para emissora, tento conversar com alguém, mas a forma grosseira com a qual fui atendido, a mim não interessa quem, me fez calar. Por sorte existe a campanha que já mencionei, cujos incômodos transmitidos pela TV podem ser denunciados através do site http://www.eticanatv.org.br. Talvez não dê em nada, mas sou cidadão e tenho espaço para reclamar.
Professor, aquilo é muito pequeno para quem em suas aulas cita Bazin, Ensenstein e Pignatari. Para quem mostrou à minha geração nuances do cinemanovismo e outras estéticas que fundamentam a história do cinema. Para quem é prudente, sabe o que faz e é ético... fiquei feliz com aquele encontro casual, na Praça da Bandeira, quando o senhor falou dos planos para Itararé, de modo que uma frase chamou atenção:
- Será uma emissora de Campina, com programação feita por gente de Campina e voltada para o povo de Campina.
Acho que na Globo desconhecem Morin, Toffler e os pensadores da contemporaneidade... Desta forma, desconhecem que o futuro da mídia é o contexto local.
PARABÉNS e SUCESSO.
Aos meninos do curso de Comunicação Social da UEPB, congratulações pela bela iniciativa do blogger.
A competência e a credibilidade do trabalho do professor Rômulo Azevedo está marcada na empresa a qual trabalhou por 20 anos, paixão refletida no seu profissionalismo, inclusive presente em todas as suas ações, sua postura ética e seu conhecimento, compartilhado com as pessoas com quem convive.
Rômulo confio na sua capacidade e no seu conhecimento, quem perde com isso é a TV Paraíba, mas felizmente outros ganham, são os profissionais, os estudantes, os telespectadores e o jornalismo, que através da TV Itararé lhe da boas vindas em uma área que o senhor já é íntimo.
Nelsina Vitorino
O que mais me chamou a atenção na entrevista do Sr. Rômulo Azevedo foi como um professor universitário e formador de opinião pode insinuar que o critério "ser da terra" é fundamental para se medir a competência e capacidade profissional de um jornalista. Ele citou nominalmente a "carioca" (sic) Ana Viana, insinuando que, como ela não conhecia o Estado da Paraíba, não seria qualificada para dirigir o departamento de jornalismo das Tvs Paraíba e Cabo Branco. Ora, até onde sabemos, o jornalismo é um ofício altamente dinâmico e mutável em sua forma. As condições fixas e imexíveis seriam a ética e o compromisso com a verdade, não precisando qualquer profissional da área ser natural da cidade, estado ou país para manter e lutar pela manutenção destes princípios. Não é possível que o diretor de jornalismo da quarta maior empresa de comunicação do planeta e a maior do país, Sr. Carlos Henrique Schroeder, - que por sinal dirige o jornalismo de uma empresa "carioca", mesmo sendo gaúcho - , confie tal cargo a uma pessoa que não tenha o mínimo de conhecimento da profissão, sendo incapaz de exerce-la em qualquer lugar do país ou do mundo. Conheço muitas pessoas "da terra", não estando esta "terra" necessariamente localizada no estado da Paraíba ou mesmo em nosso país, que se acomodaram durante anos na profissão levando ao assassinato do jornalismo dinâmico e bem feito e depois sendo expelidos pela própria empresa, visando-se a manutenção da qualidade e a implantação de idéias modernas e comprovadamente mais eficientes para todos, profissionais e telespectadores. Creio que, quando as pessoas que vão a algum lugar com novas idéias e propostas de trabalho são taxadas de "estrangeiras" e portanto sem conhecimento suficiente do lugar para assumir sua profissão e se estabelecer, algo muito errado e amargo está acontecendo. Não vou discutir todo o conteúdo da entrevista, já que não sou da Paraíba e, portando, não acompanhei a trajetória profissional do professor. Apenas lamento que o critério usado por ele para julgar a capacidade ou não de um jornalista assumir um cargo de chefia seja o da intolerância com os que vem de fora tentar construir um jornalismo melhor, mais acessível e moderno nesta terra maravilhosa e hospitaleira.
Concordo com o extenso e substancial relato do flaubert. De fato a gde rede nos oprime e escraviza a alma. Todas nos so esperamos a melhor hora para ter o prazer que o Romulo teve de dizer : Adeus TV PB...lere-lere-lerelerelere-lere...liberdade liberdade,abre as asas sobre nós!!!
Olá,
Só agora li a entrevista de Rômulo e os respectivos comentários a respeito desta.
Não podemos menosprezar alguém que passa mais de 20 anos numa só empresa, ainda mais sendo uma empresa de comunicação. No mínimo, esse cara devia contribuir com algo.
As coisas mudam,e não é diferente com as empresas, por isso, também nao devemos minimizar a experiência da nova contratada das TV´s Paraíba e Cabo Branco porque ela não deve estar lá à toa, concordam?
Portanto, creio que devemos ter o mínimo bom senso para comentar sobre os dois profissionais.
Abraços e parabéns pela iniciativa do Blog.
Passar 20 anos numa mesma empresa pode ser sianl de acomodacao,submissao e incompetencia de progredir,SABIAM!
Com todo respeito às opinioes contrarias,mas acho que pelo texto arcaico e estilo engessado,acho que ja tava mais do que na hora de mudar....
CINCORDO COM A ULTIMA POSTAGEM...
Quem pensa que vai ficar pra semente um dia é arrancado da terra e jogado longe do plantio.
Por que Romulo num falou essas verdades sobre o falso jornalismo da TV PB nas suas aulas. Agora só pós-demissao vem a roupa suja...Acho uma fraqueza!
Achei muito verdadeira a entrevista do professor. De fato esse sistema so faz sugar o melhor dos seus profissionais. Os huimilha e depois os joga fora. A Tv perdeu um excelente editor,bem melhor e mais experiente que o atual...
Armaram para derrubar o polion e o romulo...Isso é vergonhoso. Acho que devemos subir na vida sem pisar os companheiros de redacao.
A audiencia que ja tava caindo agora vai ficar de mal a pior sem o barbudinho na Telinha. Bjs Popó!
O professor Rômulo Azevedo é uma pessoa honrada. Brasileiros como ele nos dá orgulho de nossa Pátria. Infelizmente nossa selvageria capitalista, que concentra a riqueza nas mãos de pouquíssimas famílias,e deixa na miséria milhões do nosso povo em meio a tantas benesses da mãe natureza, tem como representantes,as chamadas elites, burgueses "almas sebosas", para usar um jargão do povo recifense. E essas mesmas almas sebosas condenadas controlam uma máquina de comunicação que tem como função triturar e deseducar corações e mentes. Essa máquina emperraria se continuasse a contar com uma alma tão nobre em sua linha de montagem. Pois essa era a missão do Rômulo Azevedo, ser um veio contra hegemônico no mundo da burguesia que engana o bom povo brasileiro para perpetuar seu mundinho de piscinas cheias de ratos e de ideias que não correspondem aos fatos. Para mim foi uma honra e uma dádiva ter sido um aprendiz na senfa espiritualista do mestre Rômulo Azevedo, um Mahatma.
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